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sábado, 31 de agosto de 2013

Agenda Cultural

ENCONTRO 2013



17º Encontro do PROLER Joinville
O evento acontecerá nos dias 25 a 27 de setembro/2013
 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

As cores nas histórias em quadrinhos


Classificação das cores

Cores Primárias 
Para os que trabalham com cor-luz as primárias são: vermelho, verde e azul violetado. Ou em linguagem técnica: Red, Green e Blue. (RGB). 
A mistura dessas três cores em quantidades iguais, produz o branco - síntese aditiva.


Esse sistema aditivo de mistura das cores conhecido como RGB é o que forma as cores dos sistemas de comunicação visual, como a televisão e até mesmo o monitor do seu computador.

Curiosidades sobre as cores


Diz o velho provérbio que cores e gostos não se discutem: enquanto no Ocidente a cor do luto é o preto ou o roxo, em muitos países do Oriente é o branco que tem este valor. Nossas noivas ainda se vestem de branco, mas na Índia elas preferem o vermelho e na Noruega, pasmem, elas se casam de verde. No que se refere ao mundo das cores, cada povo difere dos demais nas suas preferências, nas combinações que valoriza e no simbolismo que a elas atribui; é natural, portanto, que as expressões que usam para designar os nomes das cores não possam ser traduzidas literalmente de uma língua para outra. Vemos, abaixo, as principais expressões "coloridas" empregadas no nosso idioma.
BRANCO - Na nossa cultura, associamos ao branco a pureza e a inocência (o vestido de noiva, a roupa do nenê no batizado, etc.), a higiene, a saúde e a limpeza (ambulâncias, hospitais), a sabedoria (os sábios das lendas sempre têm roupas e barbas brancas, os cientistas sempre usam guarda-pós); por causa do preto no branco do papel, na imprensa, esta cor também designa o que está sem marca alguma (livro em branco, cheque em branco).
Há muitas expressões na nossa língua, que contêm a palavra "branco"/"branca", com diferentes significados: assim, "bandeira branca" indica trégua; as "armas brancas" incluem facas, espadas e lâminas de toda espécie; se autorizo alguém a fazer tudo o que for necessário, dou-lhe "carta branca"; quem pratica "magia branca" só admite fazer o bem; na "greve branca", os empregados se declaram em greve, mas continuam trabalhando; "versos brancos" são os que não têm rima; se alguém não foi premiado é porque tinha em mão "um bilhete branco"; se nenhum dos candidatos da cédula foi assinalado, temos um "voto em branco"; posso ficar "branco de medo" ou de susto.

As cores e os signos



O EFEITO DE CADA COR


Algumas evidências científicas sugerem que a luz de diversas cores, que entra pelos olhos, pode afetar diretamente o centro das emoções. Cada um de nós responde à cor de uma forma particular. As pessoas tendem também a ser atraídas por certas cores, em virtude de alguns fatores determinantes. Sua escolha pode estar baseada em seu tipo de personalidade, nas condições circunstanciais de sua vida ou em seus desejos e processos mentais mais íntimos, profundos e até inconscientes.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Berimbau e Canto Ossanha - Vinicius, Tom Jobim, Miúcha e Toquinho -


Normas para Comitê de Ética - parte final

IX - OPERACIONALIZAÇÃO

IX.1 - Todo e qualquer projeto de pesquisa envolvendo seres humanos deverá obedecer às
recomendações desta Resolução e dos documentos endossados em seu preâmbulo. A responsabilidade do pesquisador é indelegável, indeclinável e compreende os aspectos éticos e leagis.

IX.2 - Ao pesquisador cabe:
a) apresentar o protocolo, devidamente instruido ao CEP, aguardando o pronunciamento deste, antes de iniciar a pesquisa;
b) desenvolver o projeto conforme delineado;
c) elaborar e apresentar os relatórios parciais e final;
d) apresentar dados solicitados pelo CEP, a qualquer momento;
e) manter em arquivo, sob sua guarda, por 5 anos, os dados da pesquisa, contendo fichas individuais e todos os demais documentos recomendados pelo CEP;
f) encaminhar os resultados para publicação, com os devidos créditos aos pesquisadores associados e ao pessoal técnico participante do projeto;
g) justificar, perante o CEP, interrupção do projeto ou a não publicação dos resultados.

Normas para Comitê de Ética - parte VII e VIII

VII - COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA-CEP
Toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Éticaem Pesquisa.
VII.1 - As instituições nas quais se realizem pesquisas envolvendo seres humanos deverão constituir um ou mais de um Comitê de Ética em Pesquisa- CEP, conforme suas necessidades.
VII.2 - Na impossibilidade de se constituir CEP, a instituição ou o pesquisador responsável deverá
submeter o projeto à apreciação do CEP de outra instituição, preferencialmente dentre os indicados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/MS).
VII.3 - Organização - A organização e criação do CEP será da competência da instituição, respeitadas as normas desta Resolução, assim como o provimento de condições adequadas para o seu funcionamento.
VII.4 - Composição - O CEP deverá ser constituído por colegiado com número não inferior a 7 (sete) membros. Sua constituição deverá incluir a participação de profissionais da área de saúde, das ciências exatas, sociais e humanas, incluindo, por exemplo, juristas, teólogos, sociólogos, filósofos, bioeticistas e, pelo menos, um membro da sociedade representando os usuários da instituição. Poderá variar na sua composição, dependendo das especificidades da instituição e das linhas de pesquisa a serem analisadas.
VII.5 - Terá sempre caráter multi e transdisciplinar, não devendo haver mais que metade de seus
membros pertencentes à mesma categoria profissional, participando pessoas dos dois sexos. Poderá ainda contar com consultores "ad hoc", pessoas pertencentes ou não à instituição, com a finalidade de fornecer subsídios técnicos.

domingo, 25 de agosto de 2013

Normas para Comitê de Ética - partes V e VI

V - RISCOS E BENEFÍCIOS

Considera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco. O dano eventual poderá
ser imediato ou tardio, comprometendo o indivíduo ou a coletividade.
V.1 - Não obstante os riscos potenciais, as pesquisas envolvendo seres humanos serão admissíveis
quando:
a) oferecerem elevada possibilidade de gerar conhecimento para entender, prevenir ou aliviar um
problema que afete o bem-estar dos sujeitos da pesquisa e de outros indivíduos;
b) o risco se justifique pela importância do benefício esperado;
c) o benefício seja maior, ou no mínimo igual, a outras alternativas já estabelecidas para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento.

V.2 - As pesquisas sem benefício direto ao indivíduo, devem prever condições de serem bem
suportadas pelos sujeitos da pesquisa, considerando sua situação física, psicológica, social e educacional.

V.3 - O pesquisador responsável é obrigado a suspender a pesquisa imediatamente ao perceber algum risco ou dano à saúde do sujeito participante da pesquisa, conseqüente à mesma, não previsto no termo de consentimento. Do mesmo modo, tão logo constatada a superioridade de um método em estudo sobre outro, o projeto deverá ser suspenso, oferecendo-se a todos os sujeitos os benefícios do melhor regime.

Normas para Comitê de Ética - partes III e IV

III - ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS

As pesquisas envolvendo seres humanos devem atender às exigências éticas e científicas
fundamentais.

III.1 - A eticidade da pesquisa implica em:

a) consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção a grupos vulneráveis e aos
legalmente incapazes (autonomia). Neste sentido, a pesquisa envolvendo seres humanos deverá sempre tratá-los em sua dignidade, respeitá-los em sua autonomia e defendê-los em sua vulnerabilidade;
b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivos
(beneficência), comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos;
c) garantia de que danos previsíveis serão evitados (não maleficência);
d) relevância social da pesquisa com vantagens significativas para os sujeitos da pesquisa e
minimização do ônus para os sujeitos vulneráveis, o que garante a igual consideração dos interesses envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária (justiça e eqüidade).

III.2- Todo procedimento de qualquer natureza envolvendo o ser humano, cuja aceitação não esteja ainda consagrada na literatura científica, será considerado como pesquisa e, portanto, deverá obedecer às diretrizes da presente Resolução. Os procedimentos referidos incluem entre outros, os de natureza instrumental, ambiental, nutricional, educacional, sociológica, econômica, física, psíquica ou biológica, sejam eles farmacológicos, clínicos ou cirúrgicos e de finalidade preventiva, diagnóstica ou terapêutica.

Normas para Comitê de Ética - Partes I e II

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
RESOLUÇÃO Nº 196 DE 10 DE OUTUBRO DE 1996

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima Nona Reunião Ordinária, realizada nos dias 09 e 10 de outubro de 1996, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, RESOLVE:

Aprovar as seguintes diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos:

I - PREÂMBULO

A presente Resolução fundamenta-se nos principais documentos internacionais que emanaram
declarações e diretrizes sobre pesquisas que envolvem seres humanos: o Código de Nuremberg (1947), a Declaração dos Direitos do Homem (1948), a Declaração de Helsinque (1964 e suas versões posteriores de 1975, 1983 e 1989), o Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (ONU, 1966, aprovado pelo Congresso Nacional Brasileiro em 1992), as Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS 1982 e 1993) e as Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos (CIOMS, 1991). Cumpre as disposições da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e da legislação brasileira correlata: Código de Direitos do Consumidor, Código Civil e Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Orgânica da Saúde 8.080, de 19/09/90 (dispõe sobre
as condições de atenção à saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes), Lei 8.142, de 28/12/90 (participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde), Decreto 99.438, de 07/08/90 (organização e atribuições do Conselho Nacional de Saúde), Decreto 98.830, de 15/01/90 (coleta por estrangeiros de dados e materiais científicos no Brasil), Lei 8.489, de 18/11/92, e Decreto 879, de 22/07/93 (dispõem sobre retirada de tecidos, órgãos e outras partes do corpo humano com fins humanitários e científicos), Lei 8.501, de 30/11/92 (utilização de cadáver), Lei 8.974, de 05/01/95 (uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados), Lei 9.279, de 14/05/96 (regula direitos
e obrigações relativos à propriedade industrial), e outras.

Del pensamiento débil al pensamiento de los débiles - Gianni Vattimo


La digitalización de nuestro tiempo: ¿existe solo lo que está en la Red - Gianni Vattimo


A leveza e a gravidade do ser nas sendas da Pós-Modernidade


UMA LEITURA DE GIANNI VATTIMO

La Globalización al final de la metafisica - Gianni Vattimo


Vídeo Aula de Teologia - Gianni Vattimo apresentado por Dr. Anderson de Alencar Menezes


Christianity as Secularisation - Gianni Vattimo


Puerto Cultura - Gianni Vattimo


Debates y Combates - Gianni Vattimo


The Who - Behind Blue Eyes (Original Version)


O seu olhar - Arnaldo Antunes


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO

LEIA O TEXTO:

AABNB                             Associação dos Funcionários Aposentados do             
  25 ANOS                         Banco do Nordeste do Brasil
Pelo social e pela justiça
                                            C O N V I T E
        A AABNB tem o prazer de convidar o(a)  prezado(a) associado(a) de Fortaleza, para uma reunião no Meridional Center, Av. Santos Dumont, nº 779, Aldeota, Fortaleza (CE), dia 14/07/11 , a começar às 9h, onde serão tratados assuntos de interesse dos aposentados e pensionistas.
                                           Fortaleza, 5 de julho de 2011
                                       Miguel Nóbrega Neto- Presidente                 


01) A reunião realizada pela AABNB acontecerá na:

( a) manhã do dia 14 de julho.

( b ) noite do dia 14 de julho.

( C ) tarde do dia 14 de julho.

( d ) madrugada do dia 14 de julho.


Partida de futebol dos filósofos


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A pós-modernidade e as verdades universais: a desconstrução dos vínculos e a descoberta da alteridade - Euler Renato Westphal

Introdução

Segundo Maffesoli (2004), as relações fluidas e descompromissadas entre as pessoas, bem como os bacanais, são expressões da pós-modernidade. Assim sendo, determinam-se os relacionamentos pelas vantagens que cada um pode ter. Os vínculos são tidos como eternos enquanto o outro está proporcionando satisfação e prazer. A responsabilidade moral pela outra pessoa torna-se frouxa, destituída de laços estáveis. Desse modo, os vínculos ficam fluidos pela debilidade e pela vulnerabilidade (MAFFESOLI, 2004). O eu passa a ser o eixo e o critério para o agir moral. A pergunta fundamental é: "O que eu ganho ao ser ético na relação com o outro?".
Conforme Zygmunt Bauman (2004), se o eixo do agir ético gira em torno do que cada um pode ganhar, haveria uma conspiração contra a confiança, enquanto expressão de que a vida é possível. Assim, os relacionamentos humanos se tornariam autofágicos (BAUMAN, 2004). A pós-modernidade trouxe conflitos éticos significativos, pois desconstruiu vínculos históricos e sociais fundamentais, como o sentimento de pertença familiar. O processo de drogadição juvenil é uma forma de romper com essa construção coletiva e com a objetivação do convívio humano. Com base nessas observações, pretendemos analisar alguns aspectos da fundamentação teórica da pós-modernidade, especialmente a partir da expressão mais forte da secularização: o teólogo Friedrich Nietzsche. Propomos o conceito alteridade como um conceito fundamental para a reconstrução dos vínculos humanos.


Seminário Patrimônio Cultural e Herança Social

Data: 12 a 14 de agosto (Inscrição: (47) 3461-9004 – eventos@univille.br)
Horário: 19h às 22h 
Local: Anfiteatro da Biblioteca Universitária 

Professora Dra. María Laura Gili - Professora Adjunta da Universidad Nacional de Villa María, Córdoba, Argentina. Membro do Centro de Arqueologia Histórica, Departamento de Arqueologia, Facultad de Humanidades y Artes, Universidad Nacional do Rosario, UNR. 

Mediação: Professora Dra. Taiza Mara Rauen Moraes - Mestrado Patrimônio Cultural e Sociedade e Departamento de Letras – UNIVILLE.

Questões problema
 Quais as relações existentes entre os bens culturais, o Estado e seus produtores? Os diferentes setores sociais que convergem para o Patrimônio Cultural Integral. História e patrimonialização do passado.

Objetivos
1. Abordar o patrimônio integral como problema de investigação específico das ciências sociais no contexto de produção latino americano.
2. Analisar o patrimônio integral como espaço de entrecruzamento político e da cultura, material e simbólica.
3. Refletir sobre as implicâncias éticas do estudo e da gestão das heranças sociais 

Temas
1. As distintas formas do patrimônio integral: histórico, cultural, natural, arqueológico e antropológico.
2. Patrimônio Cultural e história: o uso do passado. A herança social como memória coletiva.
3. Patrimônio cultural e educação: a formação da identidade processos de invenção de tradições, o caso da história argentina.
4. Patrimônio cultural e ética: a diversidade e o conflito.
5. Patrimônio cultural e interculturalidade.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Gianni Vattimo - Biografia

Biografia

Ficheiro:Vattimo en Lima.jpgDiscípulo de Luigi Pareyson, graduou-se em Filosofia, na cidade de Turim, em 1959. Especializou-se em Heidelberg, Alemanha, com Karl Löwith e Hans-Georg Gadamer, cujo pensamento introduziu na Itália. Em 1964, tornou-se professor de Estética na Universidade de Turim e, a partir de 1982, de Filosofia Teorética. Ensinou, na condição de professor visitante, em vários universidades dos Estados Unidos.
Nos anos 1950, trabalhou em programas culturais da RAI. É diretor da Rivista di estetica, membro de comissões científicas de vários periódicos italianos e estrangeiros e sócio-correspondente da Academia de Ciência de Turim.
Escreve para o semanário L'Espresso, para o diário La Repubblica e sobretudo para La Stampa, onde produz editoriais com reflexões críticas sobre política e cultura.
Recebeu o título de Doutor Honoris Causa das Universidades de La Plata, Palermo e Madrid.

Trajetória intelectual

Vattimo se ocupou da ontologia hermenêutica contemporânea, acentuando sua ligação com o niilismo - entendido como enfraquecimento das categorias ontológicas. Assim, contrapõe o pensamento fraco, uma forma particular de niilismo, às diversas formas de pensamento forte, isto , aquelas baseadas na revelação cristã, no marxismo e outros sistemas ideológicos.
Segundo Vattimo, a partir das filosofias de Nietzsche e principalmente de Heiddegger, instaura-se uma crise irreversível nas bases cartesianas e racionalistas do pensamento moderno.
Propõe uma filosofia baseada no enfraquecimento do ser como chave de leitura da pós-modernidade, mas também nas formas de progressiva redução da violência, de passagem a regimes políticos democráticos, de secularização, pluralismo e tolerância, como impulso à emancipação humana e à superação das diferenças sociais.
Sua proposta filosófica é uma resposta à crise das grandes correntes filosóficas dos séculos XIX e XX: o hegelianismo com sua dialética, o marxismo, a fenomenologia, a psicanálise, o estruturalismo. O pensamento fraco é uma atitude pós-moderna que aceita o peso do "erro", ou seja, do efêmero de tudo o que é histórico e humano. É a noção de verdade que se deve adequar à dimensão humana, e não vice-versa. Assim, a verdade é criação, jogo, retórica.
Em suas obras mais recentes, como Acreditar em acreditar, reivindica para o seu próprio pensamento a qualidade de autêntica filosofia cristã da pós-modernidade. Valendo-se da visão cristã do mestre Pareyson e do teólogo Sergio Quinzio, recusa a identificação de Deus com o ser racional, tal como concebido pela tradição filosófica ocidental.
Em 2004 abandona o partido dos Democratas de Esquerda e abraça o marxismo, reavaliando positivamente a autenticidade e validade dos princípios do projeto marxista e prognosticando um "retorno" ao pensamento do filósofo de Trier e a um comunismo depurado dos desenvolvimentos das equivocadas políticas públicas soviéticas, a serem superados dialeticamente. Vattimo fala de um "Marx enfraquecido" ou de uma base ideológica capaz de ilustrar a verdadeira natureza do comunismo e apta, na prática política, a superar qualquer pudor liberal. A chegada ao marxismo se configura portanto como uma etapa do desenvolvimento do pensamento fraco, enriquecido na práxis de uma perspectiva política concreta.

Atividade política

Exerceu atividade política em diversas linhas: primeiro, no Partido Radical; depois, na Alleanza per Torino ("Aliança por Turim") e, na sequência, nos Democratici di Sinistra ("Democratas de Esquerda"), partido ligado à tradição político-cultural do Partido Comunista Italiano e ligado à social-democracia, pelo qual Vattimo foi eleito para o Parlamento Europeu. Abandona o partido em 2004.
Atualmente integra o PdCI - Partido dei Comunisti Italiani ("Partido dos Comunistas Italianos"), cuja proposta é a de retomar o comunismo, na sua variante italiana, conforme elaborada por Antonio Gramsci, Palmiro Togliatti, Luigi Longo e Enrico Berlinguer.
Em 2005, Vattimo candidatou-se a Prefeito de uma pequena cidade calabresa, San Giovanni in Fiore, para combater a "degeneração intelectual" que afligia o país. Encabeçava o movimento "Vattimo pela cidade", contraposto aos dois grupos tradicionais, mas sobretudo em polêmica com a esquerda florentina. Recebeu 11% dos votos, sendo eleito conselheiro comunal e provocando, em consequência, a realização de segundo turno, finalmente vencido pelo candidato centro-esquerdista. Depois dessa experiência, Vattimo provocou um forte impulso político e cultural na Calábria, de onde é originário.
Vattimo foi até hoje o único parlamentar italiano a declarar-se homossexual.
Na juventude, aderiu à Ação Católica. Posteriormente abandonou o Catolicismo e aproximou-se da Igreja Evangélica Valdense.

Seleção de obras em italiano

Vattimo en Lima, Perú en 2010
Il concetto di fare in Aristotele, Giappichelli, Torino1961
Essere, storia e linguaggio in Heidegger, Filosofia, Torino1963
Ipotesi su Nietzsche, Giappichelli, Torino1967
Poesia e ontologia, Mursia, Milano 1968
Schleiermacher, filosofo dell'interpretazione, Mursia, Milano1968
Introduzione ad Heidegger, Laterza, Roma-Bari1971
Il soggetto e la maschera, Bompiani, Milano1974
Le avventure della differenza, Garzanti, Milano1980
Al di là del soggetto, Feltrinelli, Milano1981
Il pensiero debole, Feltrinelli, Milano1983 (a cura di G. Vattimo e P. A. Rovatti)
La fine della modernità, Garzanti, Milano1985
Introduzione a Nietzsche, Laterza, Roma-Bari1985
La società trasparente, Garzanti, Milano1989
Etica dell'interpretazione, Rosenberg & Sellier, Torino1989
Filosofia al presente, Garzanti, Milano1990
Oltre l'interpretazione, Laterza, Roma-Bari1994
Credere di credere, Garzanti, Milano1996
Vocazione e responsabilità del filosofo, Il Melangolo, Genova, 2000
Dialogo con Nietzsche. Saggi 1961-2000, Garzanti, Milano2001
Tecnica ed esistenza. Una mappa filosofica del Novecento, Bruno Mondadori, Milano2002
Dopo la cristianità. Per un cristianesimo non religioso, Garzanti, Milano2002
Nichilismo ed emancipazione. Etica, politica e diritto, a cura di S. Zabala, Garzanti, Milano2003
Il socialismo ossia l'Europa, Trauben, 2004
Il Futuro della Religione, con Richard Rorty. A cura di S. Zabala, Garzanti, Milano2005
Verità o fede debole? Dialogo su cristianesimo e relativismo, con René Girard. A cura di P. Antonello, Transeuropa EdizioniMassa2006
Non essere Dio. Un'autobiografia a quattro mani, con Piergiorgio PaterliniAliberti editoreReggio Emilia2006
Ecce comu. Come si ri-diventa ciò che si era, Fazi, Roma2007
Addio alla Verità, Meltemi, 2009
Introduzione all'estetica, Edizioni ETS, Pisa 2010.

Publicações
A Sociedade Transparente (1989);
A Tentação do Realismo
Depois da Cristandade
Introdução a Heidegger
O Futuro da Religião (dividindo autoria com Richard Rorty)



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Carta a Marx - Daniel Piza

Querido Karl,

Sei que deve parecer estranho que alguém mande uma carta para um morto, mesmo porque aí onde você está não deve haver luz suficiente para enxergar estas palavras.  Mas, como você pode imaginar, muita gente continua a querer ressuscitá-lo do nosso eterno, como um Lázaro ateu - ou  melhor, como um Moisés ateus, pois o que se espera de você são mandamentos verbais definitivos. Certamente o número de pessoas que andaram batendo à porta de seu caixão deve ter diminuído sensivelmente nos últimos anos, mas decidi alertá-lo de que sua tão desejada paz não parece estar a caminho, não.  Não se engane com o aparente silêncio que o rodeia.  O espectro do consumismo ronda sua lápide.

Por aqui está tudo muito diferente e confuso.  As flutuações financeiras obrigam as economias a reequilíbrios  mais difíceis do que os dos bailarinos russos.  Quarteirão com Queijo, videogame. Os filipinos falam inglês, os japoneses usam bermuda e os brasileiros acham que estão numa "nice" com sua "bike".  As empresas estão tão boazinhas que o operário, quando fica triste, pode pregar um pininho vermelho no quadro de avisos para solicitar carinho e compreensão dos colegas e superiores. Desde 1989 não resta nenhum comunista sobre a Terra, e mesmo alguns que se dizem "socialistas" não estão muito convictos do que pretendem colocar no lugar.  Até a múmia de Lenin saiu da cena pública, e Fidel Castro andou aparecendo sem uniforme.