Total de visualizações de página

sábado, 30 de junho de 2012

COITO - Ferreira Gullar

Todos os movimento 
Do amor 
São noturnos 
Mesmo quando praticados 
À luz do dia 

Vem de ti o sinal 
No cheiro ou no tato 
Que faz acordar o bicho 
Em seu fosso: 
Na treva, lento, 
Se desenrola 
E desliza 
Em direção ao teu sorriso 

Hipnotiza-te 
Com seu guizo 
Envolve-te 
Em seus anéis 
Corredios 
Beija-te 
A boca em flor 
E por baixo 
Com seu esporão 
Te fende, te fode 

E se fundem 
No gozo. 

Depois, 
Desenfia-te de ti. 

A teu lado 
Na cama 
Recupero minha forma usual. 

Vem de ti o sinal.... 

Perfil sentimental ao longo dos tempos...

Assim como para se apreciar uma obra de arte é necessário o afastamento para que se possa ter uma visão melhor do conjunto, é possível que nas relações pessoais, principalmente à distância, ocorresse ou ainda ocorra o mesmo.  As palavras são as ligaduras que dão vida aos sentimentos, alimentam o imaginário e suscitam em seus usuários uma poesia muitas vezes capaz de captar a alma do outro e comover de forma tão cadenciada que acaba conquistando o receptor solitário.  Fica mais fácil dessa forma fazê-lo crer na promessa de dias melhores, cheios de encantamentos, compreensão, harmonia, paixão, da quietude que tanto inspira as tomadas de decisões e norteia o sentido da vida.
Mas, como para entender bem o presente é necessário conhecer o passado, vale lembrar que houve uma época em que as cartas amorosas imortalizaram vivências e sentimentos de casais apaixonados, aproximando-os pela escrita, encurtando distâncias e oferecendo o alicerce para um futuro relacionamento duradouro: o conhecimento sobre o outro.   
Nesse tempo, as palavras abrasavam a imaginação de quem recebia uma carta e punham eufóricos aqueles que escreviam, pois, se o faziam era porque já estavam no aguardo de uma resposta, desejosos de qualquer desapego se preciso fosse para que à chegada do carteiro o tempo parasse e a leitura daquele texto que falava ao coração, enfeitiçasse o corpo e a razão. Queriam um reconforto para a saudade,  mensagens ocultas que pudessem somente por eles ser decifradas; amores aos jorros em cada linha e espontaneidade, muita espontaneidade.  

Rosilda da Silva
Continua...

PROJETO DE LEITURA


Professoras:  Rosilda da Silva
                        Jaqueline Pereira Arins

1. Título:  Ler pode ser divertido


2. Justificativa: Por meio da observação direta, das teorias abordadas, das políticas públicas acerca da leitura e da falta dela por parte dos alunos, que dispõe de material adequado, tempo propício, local específico e ainda assim não leem, pensou-se em lançar mão do tema para promover o interesse por esse hábito.
            Para tanto, objetivamos desenvolver um projeto de leitura diferenciada. Um Jornal Mural, com o intuito de envolver o aluno de maneira prazerosa em uma viagem pelo mundo da leitura e da escrita, utilizando-se de um canal de comunicação que traga notícias e informações relacionadas ao dia-a-dia dos estudantes, obedecendo a um planejamento estratégico e com linha editorial predefinida.
            Nesta viagem o professor assumirá o papel de mediador, oportunizando uma abordagem de ensino mais reflexiva; com a desconstrução do atual modo de pensar e fazer a leitura na escola.
            O presente trabalho tem então, por finalidade, despertar o interesse dos alunos pela leitura, por meio da escrita por eles mesmos realizadas, bem como a formação do hábito de ler e escrever entre os estudantes.
            Logo, essa atividade, trazida para a sala de aula e desenvolvida de forma estratégica pelos professores, poderá derrubar algumas barreiras e promover a aproximação entre os alunos e o texto escrito, tarefa na qual muitas vezes a escola tem falhado.


3. PROBLEMATIZAÇÃO

Partimos do pressuposto de que textos mais interessantes, sugeridos pelos alunos, de qualidade aprovada pelos professores e realizados/direcionados em sala, e trabalhados de forma estratégica pelo professor, poderão derrubar as barreiras entre os alunos e o texto, além de promover a sua aproximação do hábito da leitura e da escrita.
Dessa forma, surgem os questionamentos: qual o alcance que os textos   sugeridos   e desenvolvidos   pelos   alunos   têm   em   relação   ao   incentivo   à   leitura   e   para   a formação do hábito de   ler   e   escrever   entre   os   estudantes   do   Ensino   Fundamental?   É válido manter um jornal-mural em tempos de comunicação virtual?



4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO ESPECÍFICO

·     Desenvolver o interesse e o gosto dos alunos pela leitura e escrita bem como promover a formação do hábito de ler entre os estudantes;

4.2. OBJETIVOS GERAIS
·     Incentivar entre os alunos o hábito da leitura;
·     Contribuir para a formação de futuros leitores;
·     Obter conhecimento e prazer através de novas e diferenciadas leituras;
·     Estimular o desenvolvimento da criatividade e o senso crítico através da leitura e da produção textual;
·     Atribuir sentido ao que está escrito, buscando significados que extrapolem o próprio texto lido;
·     Incluir atividades da vida social envolvendo mais de um participante e seus diferentes saberes que serão mobilizados em função dos objetivos comuns;
·     Oportunizar o relacionamento com o outro através do trabalho em equipe;
·     Levar o aluno a saber ponderar, ceder e aproveitar o conhecimento do outro respeitando a diferença de ideias e limitações dos companheiros.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A leitura é uma atividade essencial em qualquer área do conhecimento humano. Não é somente “requisito fundamental para a competitividade no mundo do trabalho; é também essencial para o desfrute de graus mais complexos de cidadania” (LAJOLO, 2002).
Se o ato de ler carrega tal importância, então, ao se negar o seu acesso aos indivíduos de uma sociedade, não se estará prejudicando somente seu desenvolvimento cognitivo, mas, principalmente, sua participação na prática social.
            Acessível a todos, o Jornal  Mural possui papel relevante para aqueles que não podem acessar os terminais eletrônicos. Sem contar que, entre suas vantagens, está a possibilidade de cobertura imediata dos acontecimentos, inserindo na comunidade escolar a necessidade de se criar ferramentas para o trabalho com a leitura e a escrita sob a ótica construtivista que privilegia a interdisciplinaridade e a formação do sujeito cidadão autônomo (ROCO, 2010).
            E em se tratando de escrita, uma teoria recente encontrada no Caderno de Teoria e Prática de Língua Portuguesa Linguagem e Cultura TP1 – GestarII – afirma que o ensino-aprendizagem de qualquer língua deve dar-se com o uso de textos, porque é por meio deles que pensamos e interagimos, bem como, o texto deve ser o centro de todas as atividades que envolvem o ouvir , o falar, o ler e o escrever.
            Essas são habilidades que devem ser desenvolvidas na escola para que os alunos se apropriem do dialeto padrão por ser o mais adequado a certas situações de comunicação e tem prestígio social, como no caso de divulgação no Jornal Mural.


6. ESTRATÉGIAS

Todo projeto, para ser bem sucedido, precisa de uma estratégia bem planejada, por isso alguns parâmetros precisam ser estabelecidos, tais como:    a escolha do local, com pontos de fixação em lugares de boa acessibilidade e bom fluxo de pessoas, com  iluminação adequada e ambiente de entorno agradável para estimular a parada e a leitura. Os locais pré-definidos para a exposição dos quatro jornais murais são: parede externa da biblioteca, parede externa do auditório, parede lateral externa da quadra em dois extremos, próximo à escada e cantina. O tamanho deverá ser de 2 metros e meio por 1,70 cm.  O conteúdo deverá estar separado por seções de acordo com o tema dos textos, artigo de opinião, editorial, classificados, esportes,  anexos, (poemas,  receitas, sugestões de livros, palavras cruzadas, agenda de eventos, ou outros assuntos), reportagens, notícias, charges, crônicas. O layout será flexível semanalmente, mudando conforme o recebimento de matérias. O processo de gestão acontecerá da seguinte forma: cada sala deverá ter uma equipe de no máximo 4 alunos que ficará responsável por uma seção do jornal, fazendo rodízio semanal entre as salas de mesma série.
            Quanto à periodicidade, o jornal mural terá frequência e atualização semanal, podendo, entretanto, sofrer alteração diária em um espaço identificado, para eventuais notícias urgentes e importantes.
            Quanto à fixação de materiais, deverá seguir a lógica da leitura, da esquerda para a direita com os assuntos mais importantes pela ordem, iniciando pelo que diz respeito ao escolar, a comunidade em geral e finalizando com temas de entretenimento cultural e esportivo.
Tudo que se coletar para publicação deverá obrigatoriamente constar a autoria e/ou participação no rodapé da página, bem como as fontes se não for de autoria própria.
            Quanto ao nome para o jornal mural, deverá ser realizado um concurso entre os alunos para a escolha do mesmo desde que tenha identidade própria e facilidade de memorização.



7. CRONOGRAMA


2012
Descrição das etapas
Meses
4
5
6
7
8
9
10
11
Formulação do projeto
X







Orientações sobre o projeto e escolha do título

X






Coleta de dados


X
X
X
X
X
X
Redação, edição e publicação


X
X
X
X
X
X



REFERÊNCIAS




BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: s.n., 1997.

FILIPOUSKI, Ana Maria Ribeiro. “Atividades com textos em sala de aula”. In:

ZILBERMAN, Regina (org.). Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985. p.107-131.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura de mundo. São Paulo: Ática, 1993.

______. Leitura e literatura na escola e na vida. Disponível em: <http://www.proler.bn.br>. Acesso em: 28 jul. 2002.

ROCO, Rodrigo. Jornal Mural. http://gecorp.blogspot.com.br



LEI Nº 12.773, de 1º de dezembro de 2003

Institui o Programa Leitura de Jornais e Revistas em Sala de Aula, como
atividade multidisciplinar, nos estabelecimentos públicos de ensino
fundamental e médio no Estado de Santa Catarina.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,

Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembléia Legislativa
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído, nos estabelecimentos públicos de ensino fundamental e
médio de todo o Estado de Santa Catarina, o Programa Leitura de Jornais e Revistas em Sala de Aula, como atividade multidisciplinar.

Art. 2º O programa instituído por esta lei tem por objetivo principal a
orientação dos adolescentes e jovens para o exercício da cidadania, com ênfase:

I - na formação do hábito de leitura e da convivência com o pluralismo de
idéias;

II - no desenvolvimento sociocultural e do senso crítico dos alunos, mediante
análise crítica dos acontecimentos que afetam o cotidiano dos cidadãos; e

III - no conhecimento de assuntos que dizem respeito ao desenvolvimento da
sociedade e do bem-estar coletivo, bem como dos fatos políticos, econômicos, científicos,
educacionais e culturais, de repercussão local, nacional e internacional.

Art. 3º A leitura de jornais e revistas não se constituirá de disciplina específica,
mas como atividade multidisciplinar, sendo realizada de forma complementar aos conteúdos
programáticos das diversas disciplinas do currículo escolar.

Parágrafo único. A atividade multidisciplinar de que trata este artigo será
desenvolvida a partir da 5ª série do ensino fundamental e das demais séries do ensino médio.

Coisas de face

O que é que se encontra no início?

"O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo os sonhos estão cheios de jardins. O que faz um jardim são os sonhos do jardineiro".

[Rubem Alves]
Teu segredo


Esse teu cheiro é uma dádiva
Tudo em ti recende a frescor
Não sei se do mar, das flores ou frutos
ou da eterna primavera que carregas em ti,
meu amor.

O que sei, é que mesmo não querendo, marcas passagem
Envolvendo e colorindo até a mais sombria madrugada
me consumindo, me inspirando...

Deixando pelo caminho rastros silenciosos
que roubam de mim a razão,
que pairam sobre todas as coisas
e para os quais, limites não há.

Tens em ti o segredo de tudo,
E esse, nem o vento é capaz de levar
És o presente mais intenso,
Um prazer mais demorado,
Um acorde aveludado
Um despertar que não tem fim

Um perfume que abraça a vida
hospeda na pele os desejos
e acalenta o que há em mim.


Rosilda da Silva

quarta-feira, 27 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

SIM

Sim, ao  ler-te anseio e busco
nos sinais da tua rima
o teu jeito,  o teu rosto
É um jogo de adivinha

que fascina e me incita
para dar-me a conhecer
exercito a escrita
nela vais me entrever

Serei eu a quem procuras?
Serás tu irmão de passo?
Deixarei que nossas rimas
nos respondam. Um abraço!

Sandra Pereira

domingo, 24 de junho de 2012

Sem Sentido

Adoro esse teu jeito,
De menino atrevido,
Esse olhar meigo
Que me aquece a alma,
Esse toque de seda
Que em suas mãos
O coração me abrasa.

Mas adoro mesmo,
Principalmente,
Esse néctar aveludado
Que de seus lábios escorre.
Esse jorro escandalosamente
Fértil de palavras,
Capaz de me fazer tremer
E esperar por mais.

És uma fonte em noite de luar
Cheia de inspiração.
Transbordas meus sentidos,
Teu beijo me abraça  o corpo...

Mas o toque do telefone
Me acorda pra vida.

(Rosilda da Silva)

sábado, 23 de junho de 2012

Uma questão de olhar

Se é dor na alma
Ou falta de calma
Não saberia dizer.
Mas, quando dói o lado esquerdo do peito
Uma dor assim, dessas que não tem jeito,
Que mais se há de fazer?

É urgente procurar a alegria perdida.
Promover um ataque soturno
Aos desprazeres.
Cozer em fogo baixo
Os amargos dissabores da vida,
E temperar em agridoce
As exuberâncias volúveis dos dia a dia
Rearranjando um caminho melhor a ser trilhado.

É hora de deixar as desculpas de lado
E investigar a cratera que no peito formou-se.
Hora de interpretar os sinais.

Reconhecer que o período das adversidades chegou.
Como um colapso fulminante
Que hipnotiza o tempo e inocula incertezas.

Mas, como um puma selvagem,
É preciso reerguer-se.
Dar um novo salto e,
perceber que
Mesmo que fustigue ou fulgure,
A beleza da vida
É uma questão de olhar.


 (Rosilda da Silva)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aborto mal feito




Sonhos nunca sonhados
Morrem logo
Descartados foram
Antes mesmos de nascer
Deixam rastros atrás de si
Do que poderia ter sido e não foi
Cegueira estranha...
Que a razão não quer mais
Os olhos disfarçam
Mas o coração barganha

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Id e Ego Conflitando


Tenho medo da morte, das águas profundas e das incertezas.

                      Tenho medo de minhas gavetas e tralhas secretas serem desvendadas.

                        Tenho medo.

Tenho medo do dito, do não dito, dos olhares profundos, ledores da alma.

                        Tenho medo.

Eta, medo grande!

De perder os amores por tanto tempo sonhados.
                       
                        De, frente aos dissabores, perder a calma.

                        De resgatar exageros, há tanto controlados...

Tenho medo de uma artéria entupida.
                       
                        De no meio do caminho não encontrar vivalma
                       
                        e fazer uma viagem só de ida,
                                                          
                                                                       só e sem guarida.

Tenho medo.

- Mas e quem não tem?

Tenho medo de confiar na liberdade de criar e transgredir em nossas crenças.

                        Medo das desavenças vislumbradas em teu olhar.

Tenho um medo medinho de dormir e do sonho não acordar.

                        Medo de neurose, de divã, de solidão e castração de sentidos.

Tenho medo de na boniteza do mundo esmolar beleza de palavras pra dizer o não concluído.


Medo do beijo doce, quente e provocador, que rouba da gente o siso e é arma de rendição.             Dessa faca de dois gumes, de aço e delírio, 
prisão, entre o desejo e a razão.


Tenho medo... Mas quero mais!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

        Rosa Pálido Coral
              (Rosilda da Silva)

A dor que hoje sinto,
pungente, latente e atrevida,
chegou-me de repente.
Vinda, não sei de onde,
querendo não sei o quê.
Abraçou-me demasiado forte
o corpo, a razão e os humores.
Tocou com seus dedos de fogo
essa marginal rosa pálido,
bem junto ao 36 molar inferior esquerdo
transformando-a em coral e
incendiando cuidadosamente
aquele pedaço tão sem graça de mim.
Mostrou-me o quão importante era,
merecedora de olhos amantes, cuidadores
e vorazes de atenção.
Sabedora da chantagem sofrida
inebriei-me então de absinto
e dormitei o quanto pude.
O dia era convidativo
e aproveitei, não minto.



Mas, eis que um novo dia surge
e com ele essa perversa dor reaparece.
Esquecendo o feitiço da tribo,
deixando de lado os conselhos do pajé,
apelo então pra sua solicitude
que permeando experiências
me olha por dentro e muito vê.

Modesto e sábio
Vai logo dizendo:
- Não te preocupes menina,
Esse dente, não hás de perder.

Mas, você, moço solícito,
e que dos sorrisos tanto gosta,
uma lágrima viu rolar.
A dor não era no dente,
mas a gengiva a incomodar.

Essa marginal, firme na sua consistência
agora rosa pálido coral e cheia de chistes,
aderiu à resistência.
Queria-se livre, absoluta e objeto de atenção.
Entretanto, para seu desespero e humilhação,
boas orientações segui e hoje liberta estou.
Medicação e repouso foram as armas
que o sábio dos dentes recomendou e,
por conta disso hoje és novamente minha amiga.
A tão somente, Rosa Pálido Gengiva
que no 36 molar inferior esquerdo
outra vez encostou.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Aconteceu em Joinville


Aproveitando o fim de semana prolongado por conta do feriado de Corpus Christi decidi dedicar uma atenção maior às compras que necessitava fazer. Primeiro uma lista detalhada, itens de primeira necessidade no topo, como alimentação, remédios e higiene pessoal. Logo depois figuravam outros itens não tão importantes, mas muito apreciados e indispensáveis também para curtir prazerosamente os próximos três dias em casa.
Depois de umas boas andanças, algumas pesquisas de preços, muitos risos, conversas e teimosias, finalmente era hora de começar a colocar os itens de nossa lista no carrinho de compras.  
Para nossa felicidade, o shopping no qual nos encontrávamos, “nave mãe”  aqui em Joinville, conta não somente com lojas e praça de alimentação, mas também com um supermercado. Ideia iluminada para nossa sede de compras, solução perfeita para quem pretende encontrar tudo que procura em um único lugar e assim aproveitar da melhor maneira possível o tempo nesses dias friozinhos de junho.
Deixando a rotina da correria de lado, resolvi conhecer de perto a campanha para a conquista de clientes desse mercado. Afinal, em se tratando de marketing,  não basta ter bom preço, é preciso atrair a clientela pelo diferencial dos serviços oferecidos.  O lema dessa cadeia de supermercados é “preço baixo todo dia...” e ainda cobrindo a oferta da concorrência. Por acaso, na minha lista de necessidades, os primeiros itens eram as medicações, então, passei primeiro em uma farmácia e de lá já saí com um encarte de preços e produtos na bolsa. 
De posse do tal encarte resolvi comprovar a funcionalidade da propaganda lema do mercado.  Entre os itens que precisava incluí um que tinha preço menor no encarte que possuía. Para minha surpresa ao chegar ao caixa o atendente me avisa que aquele item não poderia ter cobertura de preço ali, somente na farmácia da rede. Sem pressa alguma e com muita paciência, como é natural em início de feriadão, fui até lá e outra surpresa me aguardava.  A pessoa que me atendeu deixou bem claro que aquele item não era vendido ali, somente no mercado da rede e, portanto, não havia como “cobrir a oferta da concorrência”.
Não entendi ao certo o que aconteceu ali. Terá sido falta de informação? Falha na comunicação? Má vontade em atender quando tantos outros aproveitam o feriado? Ou exclusivamente esse não era o dia dos preços baixos com cobertura de oferta da concorrência?

Rosilda da Silva

sábado, 2 de junho de 2012

Receita e Etimologia - Chineque

Para adoçar o café da tarde nesses dias frios....

CHINEQUE

4 tabletes de fermento biológico
3 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de margarina
3 gemas
1 pitada de sal
5 xícaras de chá de trigo
Margarina e farinha para polvilhar

Farofa

1 xícara de trigo
1 xícara de açúcar
óleo

Misture o trigo com o açúcar e vá colocando o óleo aos poucos e mexendo com a ponta dos dedos até que forme uma farofa.
Massa

Bata no liquidificador o leite, o fermento, o açúcar, a margarina, as gemas e o sal. Coloque em um recipiente e vá adicionando aos poucos o trigo. Mexa até que se forme uma massa que não grude nas mãos. Deixe descansar por 20 minutos. Abra a massa com o auxílio de um rolo e enrole como se fosse rocambole. Corte em fatias de 2 centímetros de largura. Em uma forma untada e enfarinhada coloque as roscas uma ao lado da outra deixando um espaço de cerca de 2 centímetros, deixe crescer novamente, depois de crescido coloque a farofa e leve ao forno preaquecido. Asse até dourar.
                                 
Etimologia - SCHNECKE leia-se chineque. Originário da Alemanha, lá cada cidade possui a sua própria receita, com pequenas variações. O que vale é gostar, saber a sua origem e por que tem esse nome.

SCHNECKE significa caracol, espero ter contribuído com a cultura e incrementado sua culinária.