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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Aos formandos 2011

Querido alunos,

No início deste ano, nosso desejo era de que todos pudessem agir com o coração e fizessem a diferença, já que para vocês seria o último período aqui. Desejávamos formar uma grande equipe para alcançar nossos objetivos e deixar nossas marcas.  Marcas essas que deveriam ser construídas com amor, respeito, companheirismo e responsabilidade; ressignificando tudo que já foi feito nessa longa caminhada até o nono ano.
          Durante esse período muitas foram as vitórias, os aplausos, o riso, a alegria contagiante de vocês; os olhares enternecidos descobrindo as primeiras paixões; havia um que a mais na vontade de vir à escola. Talvez motivados pelas aulas de Educação Física, pelas disputas nos Jogos da Paz, pelos amores encontrados, pela euforia da viagem de fim de ano com a turma, e pelo coquetel para os baladeiros de plantão, que arrasaram na pista e no bate papo... além de com certeza a ansiedade pela conclusão de mais uma etapa tão importante, uma conquista tão esperada e uma superação para muitos.
          Houve também muito choro, amigos que vieram e outros que foram,  muita bronca, tarefa, trabalho, preocupação com notas e até um livro outro pra ler... Algumas vezes não tinha jeito mesmo, para aqueles talentosos que só funcionavam sob pressão, a sala 9 tornou-se um lugar muito visitado e a D. Jurcélia, uma valiosa aliada, pois sem ela, sem a sua cobrança, seus bilhetes e telefonemas, esse sonho não seria possível.
          Meus lindos, é hora de recordar, pois mais um ciclo se encerra e através dele aprendemos muito, evoluímos, criamos e melhoramos. Nem sempre foram momentos positivos, tivemos algumas adversidades, mas ainda assim, talentos grandiosos foram descobertos; desenhistas, escritores, copiadores, atletas, dançarinas, DJs, cantores, atores e tantos outros.
Tivemos quem esteve conosco desde a primeira série, alguns que foram se juntando ao grupo no decorrer da caminhada, uns retornando e  outros tantos que foram nos deixando, como as folhas outonais deixam as árvores. E a escola Oswaldo Cabral é essa grande árvore, que oferece sombra, abrigo, descanso e alimento, para o copo e o espírito.
Agora, com o coração cheio de alegria é possível ver que valeu a pena, pois a realização desse sonho chegou e vocês deixarão saudades.
Aos formandos, parabéns pela conquista, orgulhem-se dela e tenham a certeza de que mais um ano está chegando ao fim com sucesso, portanto, cultivem a paz, experimentem fazer as coisas de uma forma diferente, enxerguem as oportunidades escondidas, persistam no caminho certo e ajam com o coração, pois vocês são um tesouro precioso.

Professora Rosilda


P.S. Assim que conseguir as fotos das turmas postarei junto.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Livros lidos em 2010



1 - Ramsés vol. 1 - O filho da luz
2 - Ramsés vol. 2 -  O templo de milhões de anos
3 - Ramsés vol. 3 - A batalha de Kadesh
4 - Ramsés vol. 4 - A dama de Abul-Simbel
5 - Ramsés vol. 5 - Sob a acácia do ocidente
6 - Órfãos do Eldorado - Milton Hatoum
7 - Édipo Rei - Sófocles
8 - A tranquilidade da alma - Sêneca
9 - Utopia - Thomas Mores
10 - Dom Segundo sombra - Ricardo Guiraldes
11 - Dom Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
12 - Ensaio sobre a cegueira - José Saramago
13 - Ensaio sobre a lucidez - José Saramago
14 - História das crianças no Brasil - Mary Del Priore
15 - O senhor do falcão - Valeria  Montaldi
16 - A esposa Bórgia - Jeanne Kalogridis
17 - Semântica para Educação Básica - Celso Ferrarezi Jr.
18 - O castelo de vidro - Jeannet Walls
19 - As boas mulheres da China - Xiran
20 - Querido John - Nicholas Sparks
21 - Leviatã - Paul Auster
22 - Menino de engenho - José Lins Rego
23 - Doidinho - José Lins do Rego
24 - Fogo Morto - José Lins do Rego



sábado, 3 de dezembro de 2011

Como escrever um soneto

Soneto é uma obra curta criada para transmitir uma mensagem em seus catorze versos, divididos em: Soneto Italiano - dois quartetos (grupos de quatro versos) e dois tercetos (três versos),  Soneto Inglês - três quartetos e um dístico (dois versos) ou Soneto Monostrófico - uma única estrofe de 14 versos.


 

O que mais torna um soneto possível? A inspiração, o tema, o conhecimento das palavras e das rimas, que serão mais ricas quanto mais rico for o vocabulário do sonetista. Por isso, a leitura de outros sonetos, poesias e livros é tão importante.


Métrica


Em primeiro lugar, os versos devem possuir a mesma métrica, ou seja, o mesmo número de sílabas poéticas. Uma sílaba poética é bem diferente de uma sílaba comum. É possível unir duas ou mais palavras em apenas uma sílaba poética. Veja o verso abaixo:

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Soneto de devoção

Vinícius de Moraes

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica em meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.


Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.


Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.


Essa mulher é um mundo! - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!

Soneto De Separação

Vinicius de Moraes

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente...

Soneto Do Amor Total

Vinicius de Moraes

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude

Soneto de fidelidade

Vinicius de Moraes

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Um pouco de história...

Oswaldo Rodrigues Cabral, nascido em Laguna a 11 de outubro de 1903, foi professor de História, com cerca de 30 obras publicadas nessa especialidade, inclusive duas sobre a História de Santa Catarina. Foi diretor da Universidade Federal de Santa Catarina, patrocinador de pesquisas antropológicas e arqueológicas, parlamentar, presidente da Assembléia Legislativa do Estado em 1947. Exerceu também a profissão de médico, formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e foi professor de Medicina da UFSC. Integrou vários setores políticos ligados à assistência pública e foi membro de diversos institutos acadêmicos. Oswaldo Cabral faleceu em 17 de fevereiro de 1973, vítima de um infarto.