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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

SENSACIONAL E PICANTE USO DO IDIOMA

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar...

sábado, 1 de outubro de 2011

Aquarela

Aquarela

Toquinho

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

Atividades - Discurso direto e indireto



Exercícios:

1- Passe os textos do discurso direto para o indireto.
a-     Paulo disse:
        - Eu vou.

b-     A mulher perguntou:
        - Que dia é hoje?


c -    A garota insistiu:
        - Eu sirvo esse sorvete.


d-     - Meu pai é meu amigo – disse o garoto.


e-     - É aqui que você mora?- ele perguntou.

F – Sonolenta e de mau-humor o menino disse para o pai:
       - Posso ficar só mais um pouquinho na cama?

G – A aluna falou para toda a classe:
      -  Tomara que todos os professores faltassem hoje.

H – Naquele tempo, disse Jesus:
     - Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

I – Um velhinho falou para o outro:
      - Depois de aposentados a gente parece que é esquecido, falta
       dinheiro pra quase tudo.

2 - Utilizando as respostas do exercício anterior, construa um texto em discurso indireto, podendo contudo acrescentar outros elementos.